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Em meio a centena de estandes da 21ª Bienal do Livro de São Paulo, três poetas disputaram o título de zapeão da bienal. Aconteceu ontem, quinta-feira (19/08), edição pocket do ZAP no estande do SESC, com a particição dos poetas veteranos na batalha: Ana Roxo, Dugheto Shabazz e Daniel Minchoni. Na plateia alunos da rede pública, visitantes, o rapper Rappin Hood e o Paulo Bloise foram o júri da disputa entre os poetas.
Antecedido pelo debate de lançamento do livro "Surfando na Marquise" de Paulo Bloise e Daniel Kondo (ilustrações), o bate-papo mediado por Roberta Estrela D'Alva abriu espaço para perguntas do público num clima descontraído, onde os convidados Rappin Hood e o autor da obra puderam revelar as angústias e peculiaridades do processo criativo.
"Queria escrever sobre o meu medo do mar, não consegui. Um dia, resolvo ir caminhar pelo Parque Ibirapuera...pronto! A história veio inteira na minha cabeça, peguei um papel e comecei a escrever" revela Paulo Bloise, autor do livro.
Ja Rappin Hood contou que deixa a cidade, o cotidiano, a favela de Heliopolis servirem como personagens e narrativa das letras de suas músicas. Ao ser questionado sobre o cotidiano na periferia, o rapper esclarece: "o cotidiano do cara da favela é o mesmo que o do cara do centro, a diferença são as oportunidades. O cara da favela tem que lutar, lutar e lutar pra conseguir chegar em algum lugar". A cada fala do rapper, a plateia de jovem prendia a respiração e fixava o olhar atento ao que o poeta tinha a dizer.
Como não podia faltar Xuxu esbanjou charme e alegria na edição especial do ZAP ao parodiar, o clássico de Daniel Minchoni, "É Óbvio". Numa disputa acirrada entre Dughetto Shabazz e Ana Roxo, título de zapeão da tarde ficou com a poetisa-dramaturga (clique aqui para ler o texto).
A próxima edição do ZAP acontece dia 9 de setembro e recebe a caravana de lançamento dos livros "Estação terminal" e "Peripécias de minha infância", do poeta Sacolinha.
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